09
Fev 11

Os ténis mal tocavam no chão com a velocidade com que corria. Ignorou os pulmões que gritavam para parar e recuperar o fôlego tal como o cansaço nas pernas que lhe rogavam descanso.

Os raios do sol batiam na cidade bem alto e foi por causa desse indicador que sabia que era provavelmente meio-dia, uma hora e que o trânsito iria piorar. Engoliu em seco, nunca parando por nada, sempre a tentar evitar atropelar alguém com a pressa.

Não olhou para trás mas nem precisou. Conseguia sentir que estava no meio do jogo do gato e do rato e que perder não teria boas consequências.

Deixou uma asneira escapar-se dos lábios quando viu a fila de carros, nas quatro vias, sem nenhuma abertura por onde pudesse passar, e dar a volta era demasiado arriscado nesta altura. Por isso, fez o que pareceu mais sensato na altura. Sem parar, deslizou o corpo pelo capô do carro, surpreendendo vários condutores entre os quais haviam uns que não tinham problemas em praguejar a altos berros. Vagamente ouviu alguém a gritar que já não havia boa educação nesta juventude.

Mal pôs os pés na calçada, já corria desalmadamente, desviando-se das pessoas o melhor que podia sem abrandar.

Chegou a uma zona praticamente deserta e virou. Só depois é que viu que era um beco sem saída. Parou repentinamente, escorregando um bocado pela gravilha e usou uma das mãos para se equilibrar.

Observou a área em volta, com as costas para o fundo do beco, sempre na mesma posição. Ainda pensou em tentar fazer um sprint e ver se se conseguia escapar mas o seu instinto dizia para ficar como estava e, como já aprendeu da pior maneira, o seu instinto tinha a tendência de acertar nestas coisas (só nunca no euromilhões). Decidiu ficar.

Subitamente, um punhal foi atirado na sua direcção. Devido à posição, facilmente evadiu o projéctil (que se foi espetar na parede do beco) rebolando para o lado. Rapidamente se pôs em pé, numa posição defensiva, sentidos alerta para tudo fora do normal.

Um sorriso hesitante apareceu nos lábios e decidiu começar a luta inevitável a dizer:

"Que tal acabarmos com isto depressa? É que tenho de estar em casa em breve."

 

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...Não tenho nada a acrescentar....

publicado por Ace às 21:55
sinto-me: ...
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06
Fev 11

Combinações de números, letras e símbolos navegavam pelo ecrã a velocidades tremendas que o normal olho humano não conseguiria acompanhar a não ser que soubesse o que se procurava.
Códigos informáticos  rapidamente traduzidos no cérebro daquele que trabalhava no portátil, peças do puzzle a encaixar-se, a tentar ganhar o jogo arriscado onde se tinha metido, os dedos a voar pelas teclas sem um olhar na sua direcção com olhos concentrados na procura do objectivo pela qual lá estava, raramente pestanejando para ver se nada perdia.
A busca da entrada do labirinto era acompanhada pelo som das teclas do teclado, um parque de diversões para as suas mãos do qual nunca parou de gostar. Uma falha foi encontrada nas fortaleza supostamente impossível de penetrar e um sorriso satisfeito dançou-lhe nos lábios por breves segundos até lá entrar onde a expressão ficou séria, com os riscos a aumentarem. Um erro mandar-lhe-ia para a prisão ou pior.
Os dedos começaram a martelar nas teclas ainda mais rapidamente, a atenção fora redobrada com os músculos tensos em expectativa, prontos para desligarem a internet ao mínimo sinal de ter sido descoberta a sua intrusão (vagamente, um lado irritante da sua mente que decidiu divagar, comentou que se notassem que tinha entrado passaria de um jogo de escondidas a um da apanhada.).
As sequências estranhas a quem não souber continuavam a percorrer o ecrã de um lado para o outro. Subitamente encontrou os ficheiros que queria e fez download. A espera foi tensa, sempre com o dedo pronto para carregar no off do router e com os olhos pregados ao ecrã no caso de alguém ter reparado.
Quando o download acabou deixou um suspiro de alivio escapar-lhe. O teclado voltou a ser atacado e apagou qualquer rasto que pudesse levá-los ao seu portátil pessoal.
O router foi posto a descansar e outro suspiro escapou-lhe, desta vez seguido de um sorriso vitorioso que se alastrou pela boca e que se conseguia ver nos seus olhos.
Decidiu abrir os ficheiros naquele momento e o sorriso foi trocado por uma expressão de confusão e depois de surpresa horrorizada.
"Isto não é bom..."

 

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Pois...... estava a tentar fazer algo ligado à informática e saiu-me isto -.-;

publicado por Ace às 22:49

03
Fev 11

A lua, em quarto crescente, espreitou do lençol de nuvens, deitando a sua pálida luz sobre os edificios e ruas escuras, como que a querer ajudar os coitados que tinham de trabalhar o turno da noite no meio de um apagão.

Sirenes da polícia soaram, os carros a competirem numa corrida de chegar ao museu antes que o seu alvo desparecesse.

Os primeiros agentes da lei que chegaram, deixaram descair os ombros de desapontamento quando o edificio se verificou vazio. Rapidamente organizaram buscas na área, enviando grupos para diferentes direcções.

Se algum deles tivesse olhado para cima, talvez tivesse visto um vulto a correr nos telhados, saltando facilmente de um para o outro, com agilidade que só se ganha com a prática e talento.

Os frágeis raios lunares só davam o perfil da figura, uma sombra silenciosa a percorrer o labirinto perigoso dos telhados e terraços, ocasionalmente olhando para trás, uma sacola agarrada seguramente numa das mãos.

Abrandou e entrou por uma janela sem perder o ritmo, imediatamente fechando-a. Com um suspirou de alívio, a figura tirou uma esmeralda da sacola, levantando-a ao nível dos olhos. No centro da jóia havia um ponto negro, uma nódoa negra no mineral.

Um grito frustado soou de longe e um sorriso triufante nasceu na face da figura, os dentes reflectindo um bocado da luz lunar "Esta ganho eu."

 

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Estou aborrecida. É a minha única desculpa. Esta ideia também não me saía da cabeça -.-

publicado por Ace às 20:36
sinto-me: Bored
música: Taking over me - Evanescence

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