15
Fev 11

Abriu os olhos azuis para a escuridão e pestanejou-os lentamente para verificar a área em volta, a tentar reconhecer algo. Não conseguia ver nada em redor e, curiosa, olhou para as mãos dela. Estavam nítidas e contrastavam com o fundo negro, quase que se podia dizer que brilhavam.

Hesitantemente, deu um passo em frente (trás, lado, cima, baixo?) que foi seguido por outro e assim sucessivamente, cada um mais seguro que o anterior. Ela observou fascinada as pequenas linha de luz que apareciam a cada passo dado, como o agitar das águas, a pequena ondulação que aparece quando se manda um seixo à água. A única razão pela qual ela não pensou que estivesse a andar em liquido foi por os pés descalços dela não estarem molhados.

Andou por um bocado assim (Segundos, minutos, horas? Quem sabe.), entretida pelo o 'ondular' do chão, até que estacou.

De repente teve a necessidade de ter alguém perto de si, um apoio que a ajudasse a sair do meio da escuridão sufocante onde estava, alguém para se livrar do peso da solidão que se instalou nela.

Chamou um único nome, o único que se lembrava no momento.

Virou-se e sorriu de alívio quando o viu, a poucos metros de distância. Começou a andar na direcção dele e foi para agarrá-lo quando ele desvanece, a mão dela a agarrar ar. Arregalou os olhos, sabendo que esteve quase a agarrá-lo, quase a sentir a presença reconfortante dele.

Ela engoliu em seco quando sentiu a escuridão a piorar, tentáculos de solidão a querer apanhá-la e arrastá-la para onde quer que fosse. Gritou de susto quando os sentiu e deu involuntariamente um passo atrás... e caiu.

Não havia nenhuma base onde se pudesse equilibrar, onde o pé ganhasse apoio. No momento em que não encontrou chão ela soube que ia cair. Antes de começar a queda ela gritou novamente mas desta vez aquele nome da pessoa que lhe era tão importante que faria tudo o que pedisse. E à frente dela ele apareceu, mão esticada a tentar alcançá-la, a gritar o nome dela, o pânico a colorir-lhe a voz.

A mão dele fecha-se....

mas falha o pulso e a mão por milímetros.

Os dois pares de olhos trancam o olhar e foi como se o tempo parasse. Fitaram-se, os olhos de ambos reflectindo perfeitamente o que sentiam.

E o momento despedaçou-se como vidro e ela cai.

-----------^^-----

A jovem engole o precioso ar como se o tivessem cortado. Entre as golfadas desesperadas dela, murmura um nome.

Um jovem entra no quarto, olha para a figura semi-consciente na cama e tenta acalmá-la. A pele está quente sobre os seus dedos e ele pega numa pequena toalha, encharcada de água fria, e põe-la na testa da rapariga que o agarra, como que a medo que ele vá desaparecer, choraminga febril a escapar-lhe dos lábios.

"Shh, shh, está tudo bem. Não vou sair daqui... shh." Disse o jovem, observando-a preocupado.

"Não vás.... por favor.... não vás..... não me deixes…. Não me deixes cair…."

 

--------------

Alguém sabe a tradução portuguesa de 'whimper'? É que choraminga não me parece certo.... (sim, eu sou ao contrário. Algumas palavras só me lembro em inglês -.-)

E sim, deu-me na travadinha escrever isto :P

publicado por Ace às 14:01

comentários:
Oh, tão querida, agora é que reparei que tens O Parque nos teus favoritos +.+
(agora vou ler isto eheh)
Andrusca ღ a 15 de Fevereiro de 2011 às 17:35

Lindo, adorei tanto...
:D
a 15 de Fevereiro de 2011 às 17:36

Já li ^^
Está super bem escrito :p
Era um sonho xD
Só percebi no fim xD

E não, não sei a tradução...
Andrusca ღ a 15 de Fevereiro de 2011 às 17:41

Não sabias que os piolhos estão mesmo em vias de extinção?! xD
Toda a gente sabe disso. :D
a 16 de Fevereiro de 2011 às 20:23

Ah! Desculpa-me, não sabia... :(

xD
a 16 de Fevereiro de 2011 às 20:58

Gostei :')
E obrigada ^^

Whimper não pode ser lamuria? :)
PaperLife a 18 de Fevereiro de 2011 às 20:16

De nada :D
Sempre ás ordens ^^
PaperLife a 18 de Fevereiro de 2011 às 20:21

É assim, uma amiga minha está sempre a dizer pókemon vindo do nada. Eu lembrei-me e pus... :D
Isto são coisas que me dão na cabeça e eu ponho...

a 21 de Fevereiro de 2011 às 21:31

Ando a tentar levantar a moral, mas está difícil :(
Acredita que dar um abraço era o que mais queria... mas não tenho a quem, e esse é um dos meus problemas...
PaperLife a 22 de Fevereiro de 2011 às 09:15

Ainda bem que gostaste... :D
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